O governo chinês anunciou nesta quarta-feira (6) que proibiu os funcionários públicos de usarem iPhones e outros produtos da Apple em seus trabalhos. A medida faz parte de uma campanha de segurança nacional que visa proteger os dados sensíveis do país de possíveis espionagens estrangeiras. Segundo a agência estatal Xinhua, a proibição se aplica a todos os órgãos do governo central e local, bem como às empresas estatais e instituições públicas. Os funcionários que violarem a regra poderão ser punidos com demissão, multa ou até prisão.
A decisão foi tomada após a revelação de que a Apple teria fornecido aos Estados Unidos acesso aos dados de seus usuários na China, através de um programa secreto chamado PRISM. A empresa negou as acusações e afirmou que nunca colaborou com nenhuma agência de inteligência. A Apple é uma das maiores fabricantes de smartphones do mundo e tem na China o seu segundo maior mercado, atrás apenas dos Estados Unidos. No ano passado, a empresa vendeu cerca de 36 milhões de iPhones no país, o que representou 15% de sua receita global.
A proibição dos iPhones pelo governo chinês pode afetar negativamente as vendas da Apple no país, já que muitos consumidores seguem o exemplo dos líderes políticos na hora de escolher seus produtos. Além disso, a medida pode aumentar a concorrência das empresas locais, como a Huawei e a Xiaomi, que oferecem aparelhos mais baratos e adaptados ao mercado chinês. Em geral, as relações externas com a China continuam ensinadas. Os EUA impuseram várias sanções ao país, como a restrição das exportações de semicondutores avançados, num esforço para limitar o poder militar da China. Entretanto, a China está numa campanha para reduzir ao máximo a sua dependência de tecnologia estrangeira, com o objetivo de desenvolver uma cadeia de abastecimento nacional totalmente independente.